segunda-feira, 20 de outubro de 2008

OBESIDADE

A obesidade e os distúrbios alimentares atingem um número cada vez maior de crianças e jovens portugueses. Cerca de 30 por cento das crianças entre os sete e os onze anos têm excesso de peso.



A alimentação desequilibrada e a falta de exercício físico são as principais causas apontadas para esta situação, que começa a atingir níveis preocupantes.
A alimentação, particularmente na infância e adolescência, tem uma influência determinante no desenvolvimento emocional, intelectual e social.
A responsabilidade nesta educação alimentar passa não só pelos pais e familiares mas também pela escola, que deve funcionar como um todo, coincidindo o que é ensinado na sala de aula e a sua aplicação no bar e cantina.
A par dos pais, a escola é vista como o principal veículo de formação parauma alimentação equilibrada e saudável.



A família, assim como a escola, é referência de valores para a criança e, assim, deve dar-lhe o exemplo do que deve ser uma alimentação adequada.
No ambiente escolar, onde a criança permanece grande parte do seu dia, a alimentação deve suprir as suas necessidades nutricionais durante o período em que lá permanece e facilitar a adoção de práticas alimentares saudáveis.
As escolas são então um forte meio de comunicação para as crianças, desde uma idade muito precoce. Sabendo que é na escola que elas passam grande parte dos seus dias, é também na escola que as crianças fazem parte do seu dia alimentar. Como tal, a escola deve ser uma promotora de escolhas alimentares saudáveis, não só no almoço como também nos lanches da manhã e da tarde.



A escola tem um papel muito importante na oferta disponibilizada nos bufetes. Que medidas a tomar para inverter as origens deste problema?
Falámos também com alunos e professores para determinar até que ponto uns e outros se preocupam de facto com a necessidade de promover uma alimentação saúdavel e equilibrada.

Inquérito feito a 84 alunos - Resultados obtidos

As inquirições realizadas numa comunidade escolar de 84 alunos, com idades entre os 6 e 10 anos, quando questionados sobre alimentação feita em casa e na cantina da escola permitiu-me concluir:
· O que comem em casa, normalmente ao jantar, é à base de fritos de peixe (sardinha, carapau, verdinho...) e carne (porco) mas consumiam também massas alimentares (esparguete) e arroz.
· Os legumes raramente fazem parte do seu jantar, seja em sopas, seja em saladas.
· Os lanches constituem motivo de preocupação por parte dos professores e auxiliares que se empenham em consciencializar os alunos e encarregados de educação da necessidade de alterar os lanches que enviam para a escola, pois é comum encontrar os alunos a comer batatas fritas de pacote, bolos com creme e os chamados bolicaos.
Neste sentido, os alunos estão a ser orientados para cuidarem dos seus lanches substituindo os bolos de creme e as batatas fritas por:
· Iogurtes;
· Fruta;
· Pão com manteiga, fiambre ou queijo;
· Sumo natural.
· Bolachas em pouca quantidade.
A escola em questão tem como tema de área projecto “Uma escola mais saudável” e são variados os trabalhos executados no sentido de modificar hábitos alimentares errados
Nesse sentido as refeições servidas na cantina visam assegurar as necessidades nutricionais e energéticas, como também promover comportamentos alimentares saudáveis. As ementas são elaboradas visando oferecer uma alimentação variada com muitos legumes e poucas gorduras
O espaço também foi adequado de modo a permitir aos alunos permanecer num local com decoração alegre, atractiva e com higiene. Para criação deste ambiente foi pedida a intervenção dos alunos que desenharam, pintaram e recortaram os alimentos saudáveis e com eles coloriram as paredes do refeitório.
A experiência diz-nos que não é suficiente ter as melhores ementas ou as alternativas mais saudáveis para que as crianças e adolescentes os escolham e consumam.
Para haver uma efectiva mudança de atitudes e percepções há que ter em atenção que é preciso:
· Visionamento de filmes, alertando para os problemas da obesidade, sobretudo da infantil;
· Envolver alunos, pais, professores e auxiliares na definição da política alimentar da escola;
· Envolver os alunos na elaboração das ementas;
· Reconhecer os problemas ligados à obesidade;
Elaboração de panfletos a incentivar a uma alimentação equilibrada;
Conhecer e aplicar normas de higiene alimentar;
Identificar os alimentos indispensáveis a uma vida saudável;
Pedir aos pais um maior cuidado na preparação dos lanches dos mais novos;
Promover sessões sobre a alimentação, com uma enfermeira do Centro de Saúde.



Maria Pereira Silva

3 comentários:

Anónimo disse...

É um tema muito interessante. Hoje em dia os pais e a escola devem de estar atentos aos hábitos alimentares das crianças para que tenham uma alimentação equilibrada.
Branca Moinhos

Anónimo disse...

Achei o tema bem desenvolvido, mostra essencialmente grande preocupação acerca deste problema que infelizmente continua bastante actual nos dias de hoje.Parabéns.
Ivone Guimarães.

Anónimo disse...

Tema bem conseguido.