segunda-feira, 20 de outubro de 2008

ADOLESCÊNCIA - COMPORTAMENTO DE RISCO

Os comportamentos de risco estão a aumentar, principalmente entre os jovens. As campanhas de prevenção não travam o abuso do álcool, o uso de drogas sintéticas e alucinogénias, as relações sexuais desprotegidas, a condução perigosa e os comportamentos para-suicidas. Deixamos de estar preparados para a frustração e aceitar a perda. Os jovens sentem necessidade de reconhecer os seus limites: arriscar faz parte da sua busca de identidade, como se a passagem para a idade adulta implicasse correr riscos.

Este fenómeno não passa ao largo da nossa pacata cidade e na região do vale do Ave todos sentimos que estes comportamentos afectam, cada vez, mais os nossos jovens

Hoje, as campanhas de prevenção vão ao encontro dos jovens. As escolas de Vizela são apoiadas por equipas especializadas que direccionam palestras para os jovens, sobre os diversos temas que preocupam a sociedade e por vezes, custa perceber que, estando informados, não tomem medidas de defesa e protecção.

Vizela tem clubes desportivos e culturais, biblioteca, associações para a juventude desenvolver actividades lúdicas e locais de diversão nocturna com qualidade. Muito há a fazer, é certo, mas já estivemos pior. Nota-se o empenho da sociedade para que os jovens vizelenses tenham meios saudáveis de ocupar os seus tempos livres. Todos estes meios devem ser aproveitados pelos jovens que, apoiados numa base familiar, deverão ser educados para a capacidade de antecipação: os jovens vivem o momento, o aqui e agora e não têm esta capacidade que lhes permite agir a pensar no amanhã.

Quando assim acontecer, os jovens pensarão que beber até ficar alcoolizados e usar drogas, deixa sequelas e pode causar dependências. Preocupar-se-ão com a gravidez na adolescência e doenças sexualmente transmissíveis. Lembrar-se-ão que a velocidade pode transformar a sua vida e a dos outros.

Uma sociedade desenvolvida tecnologicamente também tem riscos e os jovens têm de saber filtrar toda a informação a que facilmente acedem.

Temos de encontrar estratégias que reforcem a alegria de viver. A prevenção tem de passar por quatro áreas de intervenção: a comunidade, a saúde, a escola e a politica social.

Mas os problemas de Vizela não passam só pela prevenção. É necessário agir em casos identificados. Em Vizela, no vale do Ave e em todo o país vive-se um clima de insegurança. É preciso restringir o acesso a armas de fogo e a tóxicos, criar centros SOS, formar técnicos de saúde que estejam despertos para os sinais de risco, promover o desporto como forma de socialização e divertimento e promover politicas sociais que lutem contra o desemprego e a exclusão social.

É uma questão de esforço colectivo.


Ivone Guimarães

2 comentários:

Anónimo disse...

muito bonito
talinha

Anónimo disse...

Acho que o texto está muito completo em relação às opções que os jovens podem usufruir em Vizela.
A apresentação está muito clara e directa. Parabéns.
Elsa Coutinho